quarta-feira, 16 de dezembro de 2020

Do mesmo modo que não somos responsavéis pelo nosso parto, não somos responsavéis pelo nosso enterro. Nesse espaço entre a vida e a morte, o que vai ser lembrado não vai ser aquilo que fomos para nós mesmos, mas sim tudo aquilo que fomos para os outros. - Por: Luis da Silva Ubuntu




"Tudo que nós temos é uns aos outros" 

 Qual é a graça em ter tudo, e todos a sua volta terem tão pouco ou nada? É como ser o único que sabe pedalar uma bicicleta no meio de tanta gente que sonha ser ciclista. Por que não ensinar os outros também? 

 Qual é o prazer em ter o ego inflado por supostamente saber mais que os outros quando o teu conhecimento serve apenas para si? Não seria mais lindo partilhar com quem também quer aprender? 

 Será que existe graça alguma em crescer tanto e os outros continuarem pequenos? Não é sobre pensar grande! É sobre querer ser grande com os outros. Será que é tão difícil entender que tudo que temos é uns aos outros? Tal como um bebê precisa de incentivo para aprender andar, todos nós precisamos de apoio para continuarmos a crescer. 

 Qual é a graça em viver num castelo de ouro quando todos em sua volta nem latas têm para fazer uma casa? Não dói ter a solução do problema e deixar que as pessoas morram? Sério que você prefere deitar comida ao lixo invés de compartilhar com outras pessoas?

 Todos devíamos entender que tudo o que temos é nós, uns aos outros. Do mesmo modo que não somos responsavéis pelo nosso parto, não somos responsavéis pelo nosso enterro. Nesse espaço entre a vida e a morte, o que vai ser lembrado não vai ser aquilo que fomos para nós mesmos, mas sim tudo aquilo que fomos para os outros. 

 Não pense duas vezes para fazer o bem, que seja o amor a sua religião e sem distinção de ninguém.

16/12/2020

[Por: Luis da Silva Ubuntu] 

Foto: ABOYA

Texto inspirado na música do EMICIDA 💛 "Principia".

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