“As coisas que não têm preço sempre serão as mais caras da vida”
Durante o caminho, minha mãe pediu que eu baixasse os vidros, para que ela pudesse sentir o vento sobre si e ver as pessoas caminhando. Ela olhava para o céu como se nunca tivesse visto antes. Era como se ela tivesse a renascer, como se tudo fosse totalmente novo para ela. Ela matou o silêncio no carro dizendo: — É impossível sair a mesma pessoa de um hospital, principalmente quando nos sentimos tão próximo de namorar a morte. Na cama do hospital você viaja para dentro de si todos os dias, perguntando-se o que tens feito da sua vida, como tens aproveitado a sua saúde e como tens sido grato a Deus por cada amanhecer cheio de energia. Num hospital é impossível não impactar-se com a tristeza dos outros, é doloroso ver as pessoas limitadas em uma cama que não escolheram estar. Hoje eu percebo a importância de apreciar todos os detalhes da vida, é que de tanto despertarmos no dia seguinte, esquecemos o quanto isso é especial, esquecemos que não se trata de um hábito, mas sim da graça de um Deus sobre nós. Precisamos olhar para a vida com atenção. Não podemos deixar de ser gratos por tudo que temos, enquanto fazemos birras por coisas simples, tem pessoas passando por coisas bem piores que nós. Tem pessoas do outro lado lutando todos os dias apenas para sobreviver! — Nem eu, nem o Dr. Paulo conseguimos dizer alguma coisa. Era um daqueles momentos da vida que tudo o que precisávamos fazer era ouvir e nada mais, apenas ouvir e reflectir. Por: Luis da Silva Ubuntu livro "O homem desconhecido" #DoSambilaParaOmundo #NumStragouNada
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