terça-feira, 24 de novembro de 2020

- Perdoa-me o desprazer! Mas pareces uma puta senhorita! - indagou o senhor mal vestido sentado em um banco perto do balcão. - O que você disse? - retrucou a garçonete estupefacta.  - Sei que entendeste! Eu disse que pareces uma puta, assim vestida deste jeito. - O senhor tem algum problema?

 


- Perdoa-me o desprazer! Mas pareces uma puta senhorita! - indagou o senhor mal vestido sentado em um banco perto do balcão.

- O que você disse? - retrucou a garçonete estupefacta.

- Sei que entendeste! Eu disse que pareces uma puta, assim vestida deste jeito.

- O senhor tem algum problema?

- Não. Aliás, eu pedi perdão por qualquer inconveniência que eu tenha dito.

- Peça perdão a Deus pessoalmente se eu envenenar a sua próxima bebida.

Ele sorriu ouvindo.

- Acho que nada que puseres no meu copo será um veneno pior do que os homens com quem você se envolve.

- Na verdade, não é pior, porquê nenhum deles é você. Sabe! Acho que estou fazendo ideia do seu rosto, meu senhor.

- Não creio, minha senhorita. Porque eu nunca estive na sua cama. - retrucou ele rindo de canto. E ela respondeu:

- Com certeza não é da minha cama, porque eu não durmo com homens que passam o dia em um bar e bebem whisky barato.

- Interessante! Uma mulher que escolhe os homens com quem dorme pelo tipo de whisky que bebem.

- Exactamente!

- E com qual tipo de homem dormes?

Ela gargalhou e não respondeu. Transparecendo a sua admiração pelo sorriso dela, ele perguntou:

- Qual é a graça, Marta?

- Oh! sabes o meu nome!

- Sim! pessoas sábias ou nomes ruins eu nunca esqueço. - disse ele. Ela sorriu ironicamente.

- E presumo que para si, eu me encaixo na segunda opção.

- Na verdade és uma pessoa sábia por isso não esqueço de ti.

- Bajulação para encantar uma mulher são as piores cantadas.

- Fui sincero.

Ela rapidamente retrucou.

- Eu ainda tenho mesas para atender e sendo uma pessoa sábia como disseste, então não posso continuar aqui desperdiçando meu tempo com o senhor.

- Sinto-me ofendido.

- É para ficares mesmo! - retrucou ela.

Ele pousou o dinheiro na mesa, colocando debaixo do seu copo de whisky, e disse:

- Eis aqui o dinheiro da minha conta. Pode ficar com o troco.

Ela tirou o dinheiro da mesa, fez o troco e devolveu dizendo:

- Não, meu senhor! Guarde o seu troco para dar nas prostitutas com quem o senhor se envolve. Porque eu apenas aparento mesmo, mas com certeza tenho mais decência que a sua mãe quando está sozinha.

- Marta! Eu...

- Desculpe!  Tenho clientes para atender. - ela respondeu logo se retirando...

 

Por: Hadil Almeida, em <<UPCPD>>


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